sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Resenha: Sorte ou Azar? Meg Cabot
Sorte ou Azar? Meg Cabot
- Editora: Galera Record
- ISBN: 8501080918
- Ano: 2008
- Páginas: 288
- Gênero: Infanto-juvenil
- Onde comprar: Livraria Saraiva | Submarino
Nem sei por onde começar, pois estive pesquisando e este livro da Meg não foi muito bem avaliado pela blogosfera literária. Eu gostei MUITO do livro, mesmo sabendo que a narrativa dele é bem leve e zen. Mas gosto de me divertir ao ler um livro, e me peguei diversas vezes tendo uns ataques de irritação com a personagem principal, eu confesso. Sei também que o livro foi lançado já tem um tempinho, e que vocês já devem estar carecas de saber sobre ele rsrs. Mesmo assim, espero que gostem da resenha... Bom vamos começar com a sinopse dele, bem diferente pois se trata de um trecho do diálogo entre Jinx e a prima Torrance. A primeira é a sinopse da contra-capa do livro; a segunda está disponível nas livrarias virtuais como a Saraiva.
— Jinx, Você vai ter de encarar. Você possui o dom.
Minha respiração congelou na garganta.
— O... o quê?
— O dom. - repetiu Tory. — Vovó nunca lhe contou sobre Branwen? Nossa tatatataravó era uma feiticeira, lá no País de Gales. E Branwen contou à filha, que contou à filha, que contou a vovó, que a primeira filha da filha dela... isso só acontece com as primeiras filhas... teria o dom. O dom da magia. Tipo, você tem o cabelo ruivo de vovó, mas nem sua mãe nem a minha têm. Você não vê? Nossa tata-tata-tata-tataravó Branwen estava falando de nós. Nós somos as primogênitas de nossas mães. Ou sei lá o quê. Somos a próxima geração de bruxas da família.
— Sem ofensa, Tory. Mas acho que você andou vendo episódios demais de Charmed.
Mais um sucesso da mega vendedora de livros Meg Cabot. A falta de sorte parece perseguir Jinx onde quer que ela vá — e por isso ela está tão animada com a mudança para a casa dos tios, em Nova York. Talvez, do outro lado do país, Jinx consiga finalmente se livrar da má sorte. Ou, pelo menos, escape da confusão que provocou em sua pequena cidade natal. Mas logo ela percebe que não é apenas da má sorte que está fugindo. É de algo muito mais sinistro... Será que sua falta de sorte é, na verdade, um dom, e a profecia sob a qual ela viveu desde o dia que nasceu é a única coisa que poderá salvá-la.
Jinx tem uma péssima sorte na vida. Bom, pelo menos esse é o ponto de vista dela... Ela vivia até então em Hancock, no Estado de Iowa, mas alguns acontecimentos frutos da "má sorte" de Jean fizeram com que ela se mudasse para Nova York e passou a morar na casa dos tios Evelyn e Ted. Mas Jean não imaginava que pudesse se deparar com sua prima fria e indiferente, Tory, que havia mudado da água para o vinho desde a última vez em que a viu. Tory se transformou em uma adolescente problemática e neurótica. Mas, por trás da sua postura de adolescente rebelde-sem-causa, ela escondia um segredo e decidiu compartilhá-lo com Jean. Tory se considerava a bruxa da família, e afirmava ter herdado os poderes de sua tatatataravó Branwen. Ela chegara a conclusão de que Jinx também devia ter herdado tais poderes. As duas não se entenderam a partir daí, fazendo com que Tory ficasse irritada e com sede de vingança. As coisas só pioraram quando Tory colocou na cabeça que Jean estava interessada em Zach, o garoto pelo qual ela era LOUCAMENTE apaixonada. As brigas inofensivas se tranformaram em perigosos conflitos, movidos pelos mistérios da magia e do ocultismo...
É um livro gostoso de ler, o primeiro que eu li da Meg Cabot, próprio para o público infanto-juvenil, com uma narrativa fluída e repleta de acontecimentos surpreendentes que prende mesmo do início ao fim. Entretanto, este livro é um daqueles também que você quase se descabela com a postura ingênua e tola da personagem principal. Sim, porque isso me irritou profundamente no livro, e fique com uma raiva danada da prima de Jinx, a Tory (maquiavélica). Vejam só os comentários que deixei na minha página do Skoob durante o progresso de leitura (contém spoilers!):
Perceberam que meus comentários foram acalorados? Imaginem só se me vissem falando assim em voz alta, citando alguns palavrões e interagindo com os personagens? Eu fiz isso mesmo, acreditem! Então, voltando a falar em linhas gerais sobre o livro, a Meg utilizou a narrativa em primeira pessoa, e toda a história se desenrola sob o ponto de vista da personagem Jinx. Outros detalhes que não passam despercebidos na trama: o uso constante de palavras em caixa-alta ou em itálico como forma de chamar atenção para algum detalhe da narrativa; as reticências que ligavam a linha de raciocínio da personagem, ou para introduzir o desfecho de algum evento; o diálogo com o leitor como forma de interação; entre outras coisas....
"Eu (juntando toda a coragem, depois de Petra ter finalmente saído da cozinha com Teddy, para supervisionar a lavagem de suas mãos excepcionalmente sujas antes de deixar que ele provasse os biscoitos que ela havia acabado de fazer): – Então, é verdade que você é apaixonado por Petra?
Zach (engasgando com um biscoito): – Por que você acha isso?
Eu: – Porque Robert disse, no dia em que conheci vocês, que esse é o único motivo para você vir aqui.
Zach (engasgando com um biscoito): – Por que você acha isso?
Eu: – Porque Robert disse, no dia em que conheci vocês, que esse é o único motivo para você vir aqui.
Zach: – E, como sabemos, Robert é uma autoridade consumada em todas as coisas, tendo uma percepção extremamente aguçada que não é de modo algum comprometida por substâncias que alteram a mente.
Eu (com o coração batendo rápido): – Quer dizer que o Robert está errado? Você nunca gostou de Petra?
Zach: – Devo admitir que houve um tempo em que achei Petra bem interessante.
Eu (nem um pouco com ciúme, porque Petra realmente é interessante, além de gentil e uma cozinheira fantástica): – Mas ela tem namorado.
Zach: – Eu sei. Conheci o cara. Willem. É um cara bem legal.
Eu: – Mas você continua vindo aqui.
Zach (levanta-se): – O fato de eu vir aqui incomoda você? Porque posso ir embora.
Eu (em pânico): – Não! Só que... você sabe. Fico pensando por que você ainda vem aqui. Se sabe que ela tem namorado.
Zach (estendendo um biscoito): – A quantidade de coisas boas preparadas aqui não é desculpa suficiente?
Eu: – Admita. Você ainda acha que tem chance com ela.
Zach: – Há alguém nesta casa com quem você acha que eu teria mais chance?
Eu (pensando em Tory, com quem ele definitivamente tem mais chance, mas de quem ele definitivamente deveria ficar longe, considerando aquele boneco): – Acho que não.
Zach (parecendo achar divertido): – Bom, então..."
Eu (com o coração batendo rápido): – Quer dizer que o Robert está errado? Você nunca gostou de Petra?
Zach: – Devo admitir que houve um tempo em que achei Petra bem interessante.
Eu (nem um pouco com ciúme, porque Petra realmente é interessante, além de gentil e uma cozinheira fantástica): – Mas ela tem namorado.
Zach: – Eu sei. Conheci o cara. Willem. É um cara bem legal.
Eu: – Mas você continua vindo aqui.
Zach (levanta-se): – O fato de eu vir aqui incomoda você? Porque posso ir embora.
Eu (em pânico): – Não! Só que... você sabe. Fico pensando por que você ainda vem aqui. Se sabe que ela tem namorado.
Zach (estendendo um biscoito): – A quantidade de coisas boas preparadas aqui não é desculpa suficiente?
Eu: – Admita. Você ainda acha que tem chance com ela.
Zach: – Há alguém nesta casa com quem você acha que eu teria mais chance?
Eu (pensando em Tory, com quem ele definitivamente tem mais chance, mas de quem ele definitivamente deveria ficar longe, considerando aquele boneco): – Acho que não.
Zach (parecendo achar divertido): – Bom, então..."
Coloquei esse trecho porque achei interessante e podemos concluir algumas coisas, como por exemplo, ao invés de dar sinais de haver um triângulo amoroso, a Jinx pensava em quarteto amoroso... Eu sempre tenho um pé atrás com a narrativa em primeira pessoa. A visão da história fica restrita em um personagem, e sempre tento visualizar as coisas de uma forma ampla, para não cair na armadilha de enxergar tudo sob apenas um ponto de vista, que convenhamos é deturpada e um pouco distante da realidade dos fatos. No livro Sorte ou Azar? as coisas não são como parecem ser em determinados momentos. Odiei a personagem Torrance - mais conhecida como Tory - até a última página do livro rsrs. Ela não teve o final que merecia na história, mas tudo bem, acho que eu sou careta mesmo porque gosto que a vilã tenha um final PUNK... No mais, o livro é super indicado para todos que gostam da Meg Cabot, para rir demais e se descontrair. Eu recomendo, mas esperem por um final insonso e light, ok?
Espero que tenham gostado da resenha, e logo abaixo confiram um pequeno questionário tira-teima que criei para testar a memória de vocês. Quem não leu ainda, fique à vontade para responder também, porque as perguntas são facéis e de múltipla escolha.
Até a próxima!
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Antes de ler achei que não ia gostar, eu sempre li as primeiras páginas e parava. Mas adorei ele. É um dos poucos livros que eu acho que dava para ter uma continuação mesmo que fosse pequena.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirParabéns pela resenha!
Eu tenho muita vontade de ler este livro, pois a Meg é ótima...me apaixonei por ela ao ler a Serie A mediadora(amo de paixão)!
Vc não gostou mesmo da prima da Jinx né rsrs, acontece, isso acontece comigo tbm e o pior , brigo, falo, como se tivesse falando na frente dela aff rs
te add lá no skoob ta!
bjs até
^^
Meninas, agora vocês podem responder ao questionário para testar a memória literária rsrs. Eu tinha esquecido de liberar o acesso público ao mesmo, mas agora já consertei isso.
ResponderExcluirAs perguntas estão super facéis!!
Gil, vou te adicionar no Skoob e agradeço desde já por estar participando da promo.
Sim, eu não gostei nem um pouco da Tory também rsrs.
Bjos.
Oi Mariana!
ResponderExcluirEu também gostei bastante desse livro! Não sabia que não tinha sido bem avaliado, eu adorei a história. Costumo gostar dos livros da Meg Cabot.
Nem vou tentar responder o tira-teima porque minha memória é péssima ^^
Beijos
Eu estou louca para ter esse livro, estou até participando de uma promo que está rolando no blog Leituras & Devaneios!
ResponderExcluirGostei bastante da sua resenha, e nada melhor do que a gente ler mesmo para formar uma ideia, mesmo quando a maioria não gosta.
Você disse que prende do começo ao fim, então esse é o tipo de livro que me atrai e tenho certeza que vou passa raiva com a personagem principal hahaha.
E quanto a narração em primeira pessoa, eu gosto bastante, mas como você disse o ruim é que nisso a história fica tendo apenas um ponto de vista e acabar ficando restrito e cabendo a nós, leitores ver o outro lado.
Só não irei responder tira-teima porque eu não li o livro ainda.
Ótima resenha querida! Parabéns!!!
Beijinhos,
Rê
Ler e Almejar
Sora, daqui há alguns meses eu também vou esquecer muita coisa do livro você vai ver rsr. Fico feliz que tenha gostado!
ResponderExcluirRê, então quando você terminar de ler o livro fique à vontade para responder o questionário rsrs. Sim, a narrativa em primeira pessoa exige bastante dos leitores mesmo. Por isso, eu prefiro em terceira pessoa e nunca consegui escrever livros em 1ª, mas quem sabe algum dia...
Fico feliz que tenha gostado da resenha!
A Jinx irrita mesmo com aquela ingenuidade forçada rsrs. A prima dela mais ainda!!
Bjos.
Adoro ler livros da Meg, mas concordo com você sobre se irritar com o personagem principal, todavia, acostume-se, todos os livros dela são assim!
ResponderExcluirDeus,a resenha ficou gigante! :O UHAUHSAUHASUH Mas bom,sobre o livro eu tbm não sei o que dizer,nunca li,apesar de ter muita vontade já que acho essa capa linda!
ResponderExcluirMinha colega tem e já leu,ela simplesmente adorou!Então eu acho que é isso mesmo,alguns livros são assim,só vc lendo mesmo para tirar suas próprias conclusões!! Adorei a resenha e a foto do histórico so Skoob,só não li todo porque tem spoiler e ainda pretendo ler Sorte ou Azar!
Adorei a Resenha,Bjs,Guilherme
Devorando Letras
Own, achei a capa muito linda *-* Estou doida pra ler :3
ResponderExcluirhttp://myevery-thing.blogspot.com/
O livro é mesmo ótimo!! Eu já vi que vou ter vários problemas com as personagens da Meg. rsrs
ResponderExcluirMesmo assim já me sinto fã da autora!
Obrigada pessoal por comentar o post! Fiquei muito feliz em saber a opinião de vocês.
Bjos.
Olá!
ResponderExcluirEu tbm gostei desse livro. É leve e descontraido, ótimo para relaxar.
Bjs
Guriaaa acredita que eu ia comprar esse livro, mas desisti depois que vi algumas pessoas queimando? Mas, eu adoro esse tipo de história! Então, acho que tb vou adorar! A sua resenha ficou maravilhosa!! Sem falar que agora me deixastes querendo muitooo esse livro! Bjooo!
ResponderExcluirAngélica, minha mãe é sua xara rsrs. Fico feliz em saber que gostou da resenha ;D
ResponderExcluirEu recomendo sim que compre esse livro!!
Já me tornei fan da Meg e com certeza você também vai aodrar a história.
Bjos.
Esse livro é tudo de bom! *-----*
ResponderExcluirFoi o terceiro que eu li da Meg, e acho que é o meu preferido! Tem um romance super fofo e a história é bem interessante! :)
Sem dúvida eu recomendo pra quem gosta dessa autora.
Beijos!
Vamo combinar que as blogueiras perderam um pouco o juizo...
ResponderExcluirGente, é Meg Cabot... não existe possibilidade de um livro dela ser ruim... (com excessão de A Rainha da Fofoca em NY... que eu particularmente achei SO BORING! Muito cansativo)... Sério, eu nem li esse livro mas tenho total confiança em uma das minhas autoras favoritas! :D
E depois dessa resenha é que tenho mais vontade de ler ainda... me interessei bastante pela história! #fato
Os livros da Meg são sempre ótimos, não importa se o "tal livro" é para adolescentes ou adulotos... Ela sempre se supera!
ResponderExcluirEstá ai um livro de Meg que ainda não li, mas confesso que fiquei com vontade de ler depois que li a sua resenha.
Dan Pimenta
santuariodafantasia.blogspot.com
@Dan_Stteff